quarta-feira, 29 de abril de 2009

O clube do Imperador


Assisti essa semana ao filme "O clube do Imperador". O fim depende do começo! Este é o lema do colégio de rapazes St. Benedict's, freqüentado pela nata da sociedade americana. É neste ambiente, cujos alicerces são a tradição e honra, que leciona o professor Hundert - um apaixonado pela história antiga ­ que dá aulas onde a emoção e a alegria estão presentes. Mas um aluno em especial começa a incomodar. Trata-se do arrogante Sedgewick, filho de um respeitado senador, que inicia uma guerra particular com o mestre. Um batalha de egos e vontades que vai durante mais de 25 anos.

Algumas coisas me chamaram a atenção nesse filme. Primeiro que, diferente de muitos filme sobre professores, neste não acontece de TODOS os alunos ficarem "bonzinhos" no final. Na maioria dos filmes sobre o assunto, o professor encontra uma turma difícil, dá aulas maravilhosas e ao final a turma vence um concurso, uma gincana e todos são aprovados com louvor. Também neste filme percebi que a dinâmica das aulas não é nada excepcional. O professor inspira seus alunos por sua paixão pelo assunto e desperta neles, de uma maneira simples, o interesse em estudar e aprender ainda mais.

Destaco também no filme a retidão de caráter que o professor demostrou durante muitos conflitos vivenciados. Mesmo o aluno tentando ridicularizar o que ele mais prezava, o aprendizado de seus alunos, o professor jamais se alterou, levantou a voz ou humilhou esse aluno perante a turma. Procurou resolver os conflitos exaltando o grande aprendizado mostrado pela turma através de leituras, pesquisas.

Porém podemos perceber que quando ele devia ter usado de sua força de caráter para tentar ensinar a esse aluno que devemos agir com honestidade mesmo diante de uma competição, vemos que ele não foi capaz de ensinar essa lição, que somente a conduta deste professor não foi capaz de inspirar a vida deste aluno em particular. Mas quanto tendemos a resumir dessa história que o professor fracassou em sua missão, ele nos lembra que obteve sucesso com todos os outros alunos da turma.

Em sala de aula muitas vezes evocamos desse aprendizado. Seria muito frustante para nós professores fixarmos nosso olhar nos alunos que não conseguimos encantar. Ao final de uma jornada, de um ano de trabalho, temos em mente que alguma sementinha foi plantada e que se não neste momento, em outro momento propício, essa semente brotará e o que tentamos exaustivamente ensinar durante aquele período finalmente fará sentido.

Mesmo que essa nossa expectativa não venha a se confirmar, deixamos a turma com a certeza de que pelo menos alguns alunos conseguimos tocar. Que nossa palavra e exemplo poderão ser referência para um futuro de dedicação, respeito, honestidade.

2 comentários:

Melissa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Melissa disse...

Olá Fabiana :-)
Fizestes uma ótima reflexão sobre o filme.
Uma ótima postagem.
Abraços
Melissa