segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A escola que queremos

Na última quinta-feira (03/09) em nossa aula presencial o professor Johannes Dol, da interdisciplina de Didádica, Planejamento e Avaliação nos desafiou a criar uma escola em um mundo extraterrestre que não conhecia esse conceito.

Várias discussões surgiram a partir desta temática. Como pensar, planejar e executar a escola que queremos? Muitas ideias foram levantadas: escola em tempo integral, conteúdos abrangentes e interessantes, assessoria de psicopedagogas, fonoaudiólogas, psicólogas, espaço para a prática de diversos esportes, material pedagógico de qualidade, enfim, tudo com que sonhamos para a escola que hoje temos, ser melhor, mais eficiente.

Porém nos demos conta de que para elaborar a escola que queremos, em primeiro lugar, precisamos conhecer a clientaela que a frequentará e com isso as necessidades que apresentam, seus interesses e aspirações. Como pensar uma escola sem ter como base os alunos que ela irá receber?

Percebemos que toda a estrutura que planejávamos era baseada nas dificuldades que encontramos na escola que conhecemos, estabelecida da forma que estamos acostumadas. Colocada em um local de estranhamento, como num outro mundo, ficamos com o conceito de escola "abalado" pois não sabemos se este conceito, a forma como a escola é concebida, seria suficiente para atender um público que ainda não conhecíamos.

Da mesma forma me remeto a todo início de ano onde recebo uma nova turma. Todos os movimentos iniciais das atividades com esses novos alunos devem ser no intuito de conhecê-los e desta forma pensar em como conduzirei as aulas, as avalições, os projetos e trabalhos propostos. Não há como vir para um novo ano, uma nova turma, com aula prontas. Muitas vezes percebemos que com uma turma conseguimos avançar mais do que com outra, que uma turma precisa de regras mais claramente estabelecidas que a outra e assim por diante.

Penso que é essa diferença e essa nova construção que torna a sala de aula tão interessante. Ter que descobrir novas formas de trabalhar, de abordar assuntos, de propor atividades, faz com que estejamos também sempre reaprendendo a sermos professores. E essa redescoberta a cada novo ano me encanta e me faz ter certeza que sempre posso fazer melhor.

Um comentário:

Melissa disse...

Uma ótima reflexão Fabiana, parabéns!
Beijos
Melissa