quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Resposta...

Bom dia, jornalista!

Fiquei feliz em receber teu email pois concordo que realmente não entendi o que disseste em tua coluna.
O senhor coloca-se a favor da extinção do plano de carreira que garantia aumentos por qualificação ao magistério municipal garantido salários, se não bons, pelo menos mais descentes que os oferecidos pela maioria dos municípios do estado. Mas ao mesmo tempo diz que mereceríamos tais salários, incentivos e respeito. Realmente difícil de entender.

Volto a dizer que tal movimento em defesa do plano de carreira que culminou com 3 dias de greve foi deflagrado pela maioria de professores do município. Por isso, senhor Aurélio, me ofendo sim quando nos desqualifica ao tentarmos garantir nossos direitos como funcionários públicos.

O senhor se equivocou ao creditar aos servidores os maus serviços prestados, pois lhe garanto que quem entra via concurso procura trilhar sua carreira com dedicação e empenho, diferente, claro, de quem entra conduzido por um partido político e garantido de que sua função ali é somente enquanto durar o mandato de seu candidato. São os CCs, senhor jornalista, que nos prestam maus serviços e oneram a prefeitura de nossa cidade.

Extinguir o plano de carreira não é, com certeza, a forma mais coerente de garantir bons funcionários e nem mesmo valorizá-los. Ou será correto em nome de uma minoria sem comprometimento extinguir direitos de todos? Quantos profissionais bem qualificados quererão a partir de agora trabalhar para a prefeitura de Novo Hamburgo? Se a intenção do prefeito era garantir ao magistério boa remuneração, respeito, qualificação, não seria mais coerente ampliar o plano de carreira? Mas sabemos que essa não é a sua intenção. Hoje Novo Hamburgo oferece aos futuros servidores somente estabilidade. Que profissional se interessaria em desfrutar deste benefício, sem um plano de carreira definido, sem estímulo e valorização de sua formação? Com certeza não serão profissionais engajados, qualificados e competentes.

Quanto ao posicionamento do NH ficou claro no Editorial publicado, que por "coinscidência" era a reprodução exata do email enviado aos professores pela prefeito, os interesses de quem eram defendidos. Assim como em diversas matérias de página inteira defendendo a aprovação do projeto e os ataques do senhor João Ávila ao funcionalismo. Como disseste, senhor Aurélio Decker, há em todas as instâncias maus profisionais, porém apontá-los para definir uma categoria se torna desonesto até mesmo para uma imprensa que não prima pela isenção.

E é por saber de seu comprometimento em denunciar tais achacadores protegidos pela estabilidade que espantou-me seu posicionamento. Não haveira maneira mais coerente de eliminar maus profissionais do serviço público do que desmerecer a todos com salários indgno? Cumprindo-se assim a função de punir os maus, reforçamos sua permanência no seviço público em busca da tal estabilidade e estimulamos que os bons profissionais busquem outros empregos. Ou o senhor se ilude de que quem realmente é comprometido e qualificado permanecerá em um plano de carreira em extinção, sem prespectivas de crescimento?

Mais uma vez vemos o magistério pagar a conta de más administrações. O que a maioria abomina, a falta de investimentos em educação e os baixos salários dos professores, torna-se uma prática elogiável em nosso município. Realmete um retrocesso para um município que já foi exemplo.

Grata pela sua atenção e interesse no assunto,
Fabiana.

Um comentário:

Melissa disse...

Obrigada por com partilhar este momento :-)
Beijos
Melissa