sexta-feira, 21 de maio de 2010

Relação escola - família

Em nossa escola costumamos fazer uma única reunião de pais no início do ano e somente tornamos a ver os pais de nossos alunos, para conversarmos sobre sua aprendizagem e crecimento, nas três entregas de boletins do ano.

Outras atividades que envolvem a família são o dia da mães, o dia dos pais e este ano o dia da família. Porém nessas ocasiões praticamente não conseguimos conversar especificamente com os pais da turma.

Nos últimos anos, já esperando o pequeno número de pais, costumávamos fazer as reuniões das quatro turmas de 4a. série juntas, pois sequer enchíamos a sala.

Pensando sobre isso, me dei conta de que se por um lado a participação dos pais é pequena, por outro organizando desta forma a reunião nós incentivávamos este pouco ou quase inesistente comprometimento com a escola.

Por isso este ano pedi que minha reunião de pais fosse separada, que pudesse conversar com eles na minha sala, que eles conhecessem a sala da turma e desta forma eu tivesse um maior contato com as famílias. Porém apesar do meu empenho ao preparar a reunião, recebi apenas 7 mães.

Decidi chamar então em horários agendados os pais que faltaram a reunião para passar-lhes o que havíamos tratado. Não foi tarefa fácil. Fiquei vários dias durante meu horário de almoço, muitos faltavam e eu precisava remarcar, atendi uma mãe às 20h de uma quarta-feira pois era o único horário que ela dizia ter disponível mas enfim consegui conversar om 22 pais dos meus 23 alunos.

Hoje tivemos nossa primeira entrega de boletins. Conversei muito com a turma para que todos os pais viessem, tivessem o compromisso de dispor deste tempo para conversarmos. Fiquei bastante feliz pois mesmo tendo mostrado o boletim para os alunos antes da entrega, consegui conversar com 22 pais da minha turma de 23 alunos. Coisa rara pois sempre ficava com 4 ou 5 boletins por entregar.

Dessa forma penso que nossas queixas a respeito da família tem sim seus fundamentos, vemos o abandono a que nossos alunos estão sempre expostos. Porém, vejo que é dever da escola também orientar essas famílias, chamá-las ao compromisso e mostrar-se parceira. Tenho certeza de que minha postura de buscar o diálogo com esses pais mostrou que a escola se importa com esses alunos e espera da família o mesmo comprometimento.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Fabi!! Boa reflexão, pois além de te dar conta do problema buscaste superar as dificuldades de contato. Abraços!!