sábado, 10 de abril de 2010

Sábado de entrevistas

Neste sábado, pela manhã, realizamos a segunda parte das entrevistas com os pais dos alunos nas escolas municipais de Novo Hamburgo. As entrevistas são feitas nas casas das famílias. Fomos bem recebidos por todos, alguns tiveram muita dificuldade em responder as perguntas que fazíamos, mas o saldo foi positivo.

Na últma casa que visitamos, a mãe de um de nossos alunos tem um bebezinho de poucas semanas. Já havíamos transferido essa visita pois o bebê estava doente. Mas nesta manhã ela nos recebeu. Ela é mãe de dois meninos e agora de uma menina, tão esperada.

A primeira pergunta da entrevista é: "Que futuro você espera para seu filho(a)?" Em todas as residências que visitamos ouvimos grandes expectativas de um futuro feliz, de sucesso e conquistas. Porém essa mãe colocou que planejamos demais, esperamos demais de nossos filhos e às vezes somos surpreendidos pelo que o destino nos reserva. Entre lágrimas nos contou que a menina nascida há poucas semanas tem Síndrome de Down.

Uma das coisa que ela disse e me tocou foi de que para todas as pessoas que ela conta, sempre escuta palavras de estímulo e bons exemplos, porém as dificuldades de saúde que a menina já enfrenta dão a dimensão das dificuldades que ela terá pela frente, no dia a dia. Além disso demosntrou preocupação com o preconceito das pessoas e as limitações que essa criança terá.

As expectativas que essa família tinha com relação a essa criança, a alegria do nascimento de uma menina na família, de repente tornaram-se preocupações, medo e questionamentos. Nesse momento ganha força tudo que aprendemos sobre alunos NEE's e a importância de estimulá-los, valorizar suas conquistas e não impor antecipadamente impossibilidades quanto a sua aprendizagem.

Sabemos que é uma realidade difícil para a família mas penso que o mais importante é lembrar que para nossos filhos o maior desejo de futuro que podemos ter é que sejam felizes. Vale lembrar que esses objetivos de felicidade estão sim ao alcance de todos indiferente das limitações que possamos ter. Cada um pode ser feliz a sua maneira, valorizando cada conquista e vivendo intensamente cada dia.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Fabi!! Bonita história e muito legal esse movimento de ida à casa dos alunos. Abração