sexta-feira, 4 de junho de 2010

Tempo de descanso

Me preocupa bastante, e sinto na pele também, o pouco tempo que os professores tem para descansar, pesquisar, etudar, ler, enfim prover-se para ter fôlego em sala de aula.

Essa última semana contamos com um feriado que nos deu uma folga. Só no mês de maio trabalhamos 3 sábados e uma sexta à noite. Sem contar, claro as 40 horas semanais de sala de aula.
Lembro que quando estudava tinha um certo encantamento pela cultura que meus professores tinham. Sempre achei que professores devem ser fonte de cultura para seus alunos. Um bom professor se faz lendo bons livros, visitando museus, exposições, vendo bons filmes e espetáculos, viajando para conhecer outras culturas.

Infelizmente o que menos vejo nas escolas é esse exemplo. Tendo que, muitas vezes, trabalhar 3 turnos em sala de aula e cumprir as reuniões e atividades que a escola programa para os sábados, percebo que sobra pouqíssimo tempo para que o professor se refaça culturalmente.

Não consigo compreender a dinâmica que leva uma instituição a sobrecarregar dessa forma seus profissionais. A desculpa sempre é de que são dias letivos ou que estamos devendo horas. A sobrecarga de trabalho só vem a prejudicar o dia a dia em sala de aula.

Cada vez mais cansados, sobrecarregado e sem "novidades" as aulas ficam enfadonhas e desinteressantes. Seria muito mais viável termos em sala de aula, já que não podemos esperar profissionais bem pagos, pelo menos profissionais com uma carga aceitável de trabalho, felizes e recarregados.

Para ilustrar o que digo aqui, coloco a crônica escrita por MArtha Medeiros na Zero Hora de 30/05/2010 com o título: "A elegância do conteúdo"

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Fabi!! Realmente, esse é um problema que todos enfrentamos. Como tentar contorná-lo, já que, muitas vezes, não depende somente de nós resolver? Abração!!