segunda-feira, 12 de outubro de 2009

EJA

Do texto de Regina Haras que lemos nesta última semana, destaco o parágrafo que fala que, "sabemos que para os adultos das camadas populares, dentre as adversidades que a sociedade lhes impõe, a questão da escolarização tem peso menor para a sua sobrevivência. Questões como habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte, são prioritárias em relação aos processos escolares. Isto significa que os desafios impostos ao trabalho de escolarização popular, nos momentos de crise econômica e social, acabam por ser muito maiores, demandas caem naproporção direta ao empobrecimento da população."

Esse pensamento logo me remete ao que esperávamos da educação quando éramos estud
antes do ensino fundamental ou médio. Por mais que soubéssemos das dificuldades em frequentar a escola, mesmo depois no "segundo grau", sabíamos também que os anos de estudos estão diretamente ligados à qualidade de vida, à ascenção profissional, aos melhores salários, às oportunidades de emprego e à uma vida mais digna.

Não há como dissociar questões como habitação, saúde, emprego, alimentação, transporte, dos anos de escolaridade da população. Sabemos que países ditos desenvolvidos investiram massissamente em educação. À partir dela conquistamos melhores condições de vida e assim temos acesso, senão à todos, mas pelo menos à maioria dos ítens desta lista de prioridades.

Penso que quando a autora cita Paulo Freire e refelte sobre a
alfabetização como um ato de conhecimento, no qual "aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem", está reafirmando nosso compromisso em, através da educação, tornar nossas vidas melhores.

Ao lermos criticamente o mundo estamos nos apropriando de conhecimentos, conceitos e informações que possibilitarão uma tomada de decisão, uma abertura de possibilidades e crescimento pessoal. Tomarmos consciência de nossas necessidades, das possibiliddes que se apresentam e de formas de conduzirmos nossas vidas nos dará liberdade de opção.

2 comentários:

BEJAB - Bureau da Educação de Jovens e Adultos de Blumenau disse...

Olá Fabiana.
Sou Mestrando em Educação, pesquiso a Sociologia da Relação Familia-Escola e como ela acontece na EJA. Li seu comentário sobre o texto, e gostaria de pedir que vc colocasse a referância para que possamos acessar o texto e também discuti-lo. tbem possuo um Blog no qual mostro algumas das atividades da escola em que atuo profissionalemnte. no aguardo do link

Fabiana Aparecida da Silva disse...

Oi, Gilberto!
o texto é HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992. Boa leitura!